O líder e fundador do MUN, Karl M. Sarney Mponda, desmentiu a informação que alega uma suposta divergência entre si e o líder do PDP-ANA, Abreu Capitão, no seio da plataforma política “Bloco da Solução”.
Como é descrito pelos seus subscritores, o “Bloco da Solução” é uma aliança de três forças políticas para a criação de uma nova plataforma política eleitoral nomeadamente o Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e o Movimento de Unidade Nacional (MUN).
A notícia que cita fonte do PDP-ANA sobre a suposta desavença entre os dois líderes, Karl Mponda e Abreu Capitão, respectivamente, salienta que a intenção dos partidos aliados é fazer uma coligação eleitoral forte em Angola, capaz de surpreender os angolanos pela positiva, mas que as coisas não correm bem sobretudo com alguns responsáveis do MUN.
Em declaração ao portal MOVi, Mponda ignorou totalmente esta informação, alegando que a sua maturidade política está em saber controlar os ouvi dizer e evitar polémicas. “Mesmo o PDP-ANA desconhece esta notícia, porque nenhum membro do partido prestou informação para algum jornal”, disse sem entrar em mais detalhes.
O político garantiu por outro lado, que neste momento, está focado no processo de legalização do MUN junto do Tribunal Constitucional. E, aproveitou a ocasião, para anunciar que no “próximo sábado, dia 9 do mês em curso”, haverá assembleia constituinte da nova comissão instaladora e a “abertura da nova sede do partido”.
Recorde-se que o projecto político Movimento de União Nacional ainda aguarda conclusão do seu processo de legalização. Em Julho deste ano, Karl Mponda expressou a sua surpresa e decepção com o Tribunal Constitucional e o Estado angolano pela legalização do partido CIDADANIA, que usa uma bandeira semelhante a do MUN. Mponda questionou a decisão de permitir a existência de um partido com símbolos parecidos, enquanto o processo do MUN permanece em tramitação.
Mponda utilizou as redes sociais para criticar a decisão: “O Tribunal Constitucional pode legalizar quantos partidos quiser, mas não com uma bandeira semelhante a nossa. Isso é sabotagem a nossa organização política”, refere o mesmo na mensagem que foi veiculada pelo portal Club K na altura, lamentando que o Estado não promove a paz e questionou se terão que mudar sua bandeira, que existente desde 2010.
Membros e simpatizantes do MUN destacam que o partido é nacionalista-conservador de direita, fundado em 4 de julho de 2010 por Karl M. Sarney Mponda. O movimento visa repensar Angola e devolver a pátria à sua grandeza, reconhecendo todas as culturas que compõem o estado angolano.
Em 2020, o MUN realizou uma conferência de imprensa em Luanda, onde informou a coleta de mais de 8.000 assinaturas em todo o país, superando o requisito do Tribunal Constitucional.
Karl Mponda sempre defendeu que é preciso haver uma unidade da oposição não como coligação, mas como “um bloco”, para que em futuras eleições haja só um candidato presidencial às eleições e que apresentou uma proposta nesse sentido aos partidos da oposição que a rejeitaram.