Apesar de o Presidente João Lourenço estar a empreender esforços significativo no seu Governo, para acabar com os vícios da governação anterior, certamente há individualidades devidamente posicionadas em cargos públicos, que continuam mostrar não estarem dispostas em colaborar nesse sentido.
Um exemplo claro chega-nos da província do Huambo, onde denúncias do secretário do PRS nesta província, dão conta que generais afectos as Forças Armadas Angolanas, comandantes da Polícia Nacional, membros do governo provincial e administradores municipais, estão alegadamente envolvidos na prática de exploração ilegal de madeira.
Soliya Selende Lumumba mostra-se preocupado com o fenómeno, dado o nível elevado com que se realiza esta prática, sob o olhar cúmplice do governador local, Pereira Alfredo.
Sem citar os nomes dos envolvidos nesta acção, o jovem político do planalto central volta a afirmar que os protagonistas são generais e dirigentes do Governo central local e administradores municipais. As comunas de Cacoma e Mundundu, no município do Ukuma, são as zonas mais vulneráveis à prática dos mesmos.
Entretanto, o denunciante fez questão de lembrar o decreto do Presidente João Lourenço, que desaconselha a prática de exploração ilegal de madeira, em todo o território nacional. “Infelizmente, parece que os generais e seus comparsas ousam em desafiar as ordens emanadas pelo titular do poder Executivo”, lamentou.
Continuando, Selende afirma que os prevaricadores contam com o apoio directo de governadores e administradores municipais, “estes continuam a ocupar vastas as áreas, para a exploração desse recurso natural, para o enriquecimento ilícito”.
O político considera preocupante a situação, uma vez que os exploradores não cumprem, ou simplesmente, ignoram as medidas preventivas orientadas pelo IDF, organização ligada a proteção aos recursos ambientais.
Um dos aspectos que considerou grave foi ter ouvido no terreno, durante a sua visita, que o administrador municipal do Ukuma e o ex-comandante municipal da PNA do mesmo município, ameaçaram a chefe do departamento do IDF no Huambo, por esta ter apreendido as moto-serras e bidões de combustível supostamente pertencentes aos visados.
Soliya Selende, solita à PGR, no sentido de intervir e levar a cabo uma investigação, para pôr cobro a situação.