Um grupo de falsários, que se dedicava ao recrutamento de cidadãos para as Forças Armadas Angolanas (FAA) e a Polícia Nacional (PN), foi desmantelado, no fim-de-semana, na província de Icolo e Bengo, pelos órgãos de Defesa e Segurança.
Segundo o porta-voz da Polícia Nacional, superintendente-chefe Nestor Goubel, a quadrilha, liderada por um cidadão angolano, de 35 anos, já detido, cobrava a cada candidato entre 400 e um milhão de kwanzas.
Nestor Goubel realçou que, após receber o pagamento, no município do Sequele, onde reside, o chefe da gangue e mais dois comparsas (prófugos) cediam uniformes militares e pediam que as vítimas aguardassem, em casa, pela chamada, para posteriormente se apresentarem a um posto militar ou policial, como efectivos, o que nunca veio a acontecer.
Os valores, disse, eram definidos em função da patente que as vítimas solicitavam, tendo referido que alguns terão dado ao líder da rede criminosa cabeças de gado bovino como pagamento para capitão, sargento e oficial.
O porta-voz referiu que foram encontrados e recuperados, com o líder do esquema, uniformes das FAA, nomeadamente fardas diversas, seis passes de identificação, passadores, botas, bonés, cintos e gravatas militares. Nestor Goubel revelou que o esquema foi descoberto no âmbito da Operação Mambo, depois de mais de 50 pessoas terem denunciado a burla às autoridades.








































