O politólogo Olívio Kilumbo é de opinião que a força física, a arma, pistola e outros meios que possam causar lesões graves ao próximo, devem ser os últimos recursos para utilização em circunstancias das quais o diálogo deveria ser o primeiro e mais valioso recurso.
O especialista fez este apelo nas redes a propósito do incidente que vitimou mortalmente uma cidadã de 39 anos de idade, no município do Rangel, por um disparo acidental efectuado por um agente da Polícia Nacional.
Kilumbo entende que os agentes da PN precisam consciencializar-se sobre quando, como e porque utilizar uma arma de fogo, para cumprirem aos suas tarefas que tem que ver com ordem e a tranquilidade pública, em situações concretas, para evitar excesso capaz de pôr em causa vidas humanas.
De igual modo, chamou atenção dos cidadãos a estarem cientes de que, uma autoridade, é uma autoridade, sugerindo que há locais próprios para se tratar do assunto de forma mais formal e serena, que possibilita preservar e proteger o bem vida.
Entretanto, a Polícia Nacional abriu um processo investigativo, para apurar as causas do incidente.
De acordo com um comunicado do Comando Provincial da Polícia Nacional de Luanda, o facto ocorreu no dia 23 do corrente, pelas 17 horas, durante uma rixa violenta de dois grupos rivais, no perímetro da conhecida rua da Dona Amália, no distrito do Rangel.
Na circunstância tumultuosa, ocorreu um disparo acidental que atingiu mortalmente, Elzira José Manuel Zonga, facto que levou a população a insurgir-se contra os efectivos da polícia, tendo resultado em ferimentos de outra senhora, Esperança José Manuel, de 63 anos, bem como de graves lesões dos agentes da ordem, um deles que se encontra em estado preocupante.