O número de cidadãos nacionais e estrangeiros que deixaram o país em três anos ascendem aos 4,454 milhões. De 2017 a 2020, curiosamente período de mudanças na governação e de elevada pressão e agravamento das questões sócio-económicas, o ano com mais saídas, pelo menos as registadas pela Migração, foi em 2019 com mais de 1,612 milhões a ‘abandonarem’ o país.
Segue-se o ano de 2018 com registos de 1,267 milhões saídas de cidadãos de diferentes nacionalidades, e o de 2017 em que deixaram 1,213 milhões. O número mais reduzido foi de 2020, período marcado pela pandemia da covid-19 que obrigou à decretação de Estado de Emergência, sucessivamente prorrogado. Ainda assim, saíram 361.532.
Os que mais deixaram o país são os estrangeiros, com diferença de 176.920 face aos nacionais, fixando-se acima de 2,315 milhões. Não são apontadas as razões que os levaram a deixar o país mas, quanto ao tipo de vistos, cerca de 191.986 tinha vistos de longa estadia e 22.185 vistos de curta estadia.
Quanto aos nacionais, também não é esclarecida a razão da partida do solo pátrio, nem a tipologia do visto carimbado no passaporte. Foram acima de 2,138 milhões que, neste período, se ausentaram do país. A maioria, 780.519, saiu em 2019, ano que assinalou uma subida de 30,5% face a 2018. Contudo, o número de angolanos a arredar do país reduz drasticamente para 151.454 em 2020 devido às limitações de circulação impostas pela pandemia do coronavírus.
A diferença de saída e entrada em território nacional, em três anos, é de 186.884. Ou seja, saíram mais pessoas do que entraram. Os registos indicam que entraram 4,267 milhões. Destes, 1,977 milhões são cidadãos nacionais, o que indica menos 161.509 do total de nacionais que deixaram Angola. A entrada de mais angolanos verifica-se em 2019 (com 712.362) e a mais baixa no ano seguinte com registo de 153.307 nacionais que voltaram a pisar na pátria. VE
