A Operação Trabalho Digno, em curso em todo o país, registou, desde o seu início, em Julho passado, um total de 10 mil e 367 infracções à legislação laboral, sendo que, 45% foram constatadas nos sectores do comércio, 25% na indústria extrativa e 30% na indústria transformadora.
Os dados foram divulgados, hoje quinta-feira, 15, em Luanda, pelo inspector-geral da Inspecção Geral do Trabalho, Manuel Bole, durante um encontro com os jornalistas que serviu para fazer o diagnóstico da referida operação durante a primeira fase.
O responsável destacou as componentes mais infraccionadas durante a primeira fase da Operação Trabalho Digno nomeadamente o excesso do horário de trabalho, não inscrição dos trabalhadores no sistema de protecção social obrigatória, não concessão do gozo de férias, entre outros.
Manuel Bole informou ainda que a IGT suspendeu temporariamente um total de 65 instalações de trabalho, que colocavam em risco a “vida, a saúde e a integridade física dos trabalhadores” em todo território nacional.
“Os sectores da indústria extrativa e transformadoras são as que mais infracções registaram, com realce nas províncias de Luanda, Benguela, Huíla, Malanje, Lunda-Norte, Uíge e Cunene”, disse o responsável aos jornalistas no final do encontro.
Referir que, a segunda fase da Operação Trabalho Digno, tem início na próxima segunda-feira, dia 19 de Agosto e termina em Setembro.
A nova fase está destinada aos sectores da construção civil, obras públicas e no sector mineiro, sem desprimor as actividades ordinárias da Inspecção Geral do Trabalho.