O secretário provincial do PRS no Huambo, Soliya Lumumba Selende, denunciou no passado dia 19 deste mês, o abando do sistema de ensino, pelas autoridades locais, na comunidade da Tchipipa, situado no sector Chianga.
A acusação foi feita em público esta semana depois de o líder do Partido de Renovação Social (PRS) destacado na província do Huambo, ter efectuado uma visita de constatação na referida comunidade, impulsionada pelo clamor da população local.
O responsável alega que a população enfrenta uma grave crise educacional há mais de três anos, sendo que um número elevado de crianças estão sem aulas devido à falta de professores.
Segundo Selende, em conversa com os pais e encarregados de educação, ficou evidente a frustração com a falta de comprometimento das autoridades locais, em resolver a situação. Crianças com idades entre 6 e 15 anos estão sem acesso à educação formal, o que tem gerado preocupação e descontentamento na comunidade.
Com a ausência da escola, disse o mesmo, muitas delas têm sido forçadas a trabalhar em actividades do campo como colher frutos, pastorear animais e charruar a terra, contribuindo para as tarefas rurais.
Durante a visita, o secretário expressou seu desagrado com o estado da escola local, que se resume a apenas dois anexos construídos pela própria comunidade. A falta de aulas transformou as instalações escolares em curral de animais, uma situação considera alarmante e que demonstra a urgência de medidas efectivas.
Soliya criticou abertamente a administração local e atribuiu a responsabilidade à incompetência do partido no poder. Ele ressaltou considerando, os anos impactados pela pandemia da Covid-19, essas crianças estão a mais de seis anos sem estudar. O secretario comprometeu-se a ouvir as reclamações da comunidade e buscar soluções viáveis.
Além dos problemas educacionais, o mesmo constatou também a falta de postos médicos na região, o que evidencia uma serie de carências que afectam directamente a qualidade de vida dos moradores.
O político considerou que a situação em Tchipipa exige atenção imediata e acções concretas para garantir direitos fundamentais à educação e saúde da população.